Canabidiol (CBD)

Uma alternativa ao tratamento convencional

Mesmo após várias tentativas, alguns casos de ansiedade persistente, insônia, epilepsia ou dor crônica seguem atrapalhando a vida de muitas pessoas. Nesses cenários, o CBD pode ser uma opção adicional, não como promessa de cura, mas como parte de um plano realista para recuperar qualidade de vida.

Quando pode fazer sentido

A avaliação do uso de CBD ocorre quando há histórico de tentativas diversas de tratamento convêncionas sem boa resposta, levando o paciente a buscar alternativas que possam melhorar a qualidade de vida e redução de sintomas. Na maioria dos casos ele não é primeira opção de tratamento, e sim um recurso que somamos ao cuidado.

Indicações

  • Epilepsia refratária - Evidnências bem consolidadas para tratamento
  • Transtorno do Espectro Autista (TEA) — Melhora irritabilidade, sono e comportamento
  • Doença de Parkinson — Atua na rigidez, tremores e qualidade do sono
  • Ansiedade (leve a moderada) e Insônia
  • Dor crônica e Fibromialgia - Atua na melhora dos sintomas modulando a sensibilidade a dor
  • Cuidados paliativos — conforto e controle de sintomas
  • Esclerose múltipla - tratamento de condições neuroinflamatórias
Uso responsável, com titulação de dose e acompanhamento médico.

Como funciona na prática

  1. Consulta inicial: Conhecer sua história, expectativas e o que já foi tentado.
  2. Exame físico e, quando indicado, exames laboratorias: foco na prescrição com segurança.
  3. Plano terapêutico: sono, rotina, alimentação, treino, suplementação e, quando fizer sentido, canabinoides.
  4. Titulação progressiva: Ajuste das doses de acordo com segurança e efeito terapêutico.
  5. Retornos programados: Acompanhamento contínuo para manutenção de eficácia do tratamento.

Segurança em primeiro lugar

  • O CBD não causa “barato” (efeito psicoativo típico do THC).
  • Efeitos possíveis: sonolência, boca seca, tontura leve, alteração de apetite. Raramente, alteração de enzimas hepáticas.
  • Avaliar interações medicamentosas (ex.: antidepressivos, ansiolíticos, anticonvulsivantes, anticoagulantes).
  • Cautela/redobrada em gestação e lactação e em alguns quadros psiquiátricos.
  • Sem doses altas sempre com planejamento e alinhamento de expectativas.

Perguntas frequentes

O CBD deixa “chapado”?

Não. O canabidiol não tem o efeito psicoativo típico do THC. A meta é bem-estar e funcionalidade, não alteração de consciência.

É legal no Brasil? Como consigo?

Sim, com prescrição médica. Hoje existem opções importadas e manipuladas no Brasil, dentro da regulamentação vigente.

Preciso fazer exames antes?

Depende do caso. Quando indicado, peço exames para maior segurança e para orientar dose/formulação.

Em quanto tempo posso perceber efeito?

Varia por objetivo e dose: dias a poucas semanas para sono/ansiedade leve; algumas semanas para dor crônica.

Posso dirigir e trabalhar normalmente?

Em geral, sim. Ajusto a dose e os horários de tomada conforme sua rotina. Se houver sonolência no início, readequamos.

Dá dependência?

O CBD não é associado a dependência química. De toda forma, o uso é acompanhado e revisado periodicamente.

Posso usar junto com meus remédios atuais?

Na maioria dos casos, sim. Mas sempre avalio interações e posso ajustar dose/horário de uso para segurança.

Quanto custa?

Varia por concentração, formulação e marca. Durante a consulta discutimos opções viáveis para sua realidade.

Por quanto tempo vou usar?

Depende do objetivo e da resposta clínica. Em alguns casos é uso contínuo; em outros, temporário. Decidimos juntos.

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